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Mães - Blog Posts

2 years ago

DIA DAS MÃES por Giuseppe Ghiaroni*

Idosa sentada em uma cadeira próximo a uma janela com uma cortina leve e transparente. A idosa está com aparência pensativa, melancólica, nostálgica e até um pouco triste. Ela olha em direção à janela, porém com o olhar distante como se estivesse pensando em alguma lembrança.

Mãe! Eu volto a te ver na antiga sala onde uma noite te deixei sem fala dizendo adeus como quem vai morrer. E me viste sumir pela neblina, porque a sina das mães é esta sina: amar, cuidar, criar e depois... perder. Perder o filho é como achar a morte. Perder o filho quando, grande e forte, já podia ampará-la e compensá-la. Mas nesse instante uma mulher bonita, sorrindo, o rouba, e a avelha mãe aflita ainda se volta para abençoá-la. Assim parti, e nos abençoaste. Fui esquecer o bem que me ensinaste, fui para o mundo me deseducar. E tu ficaste num silêncio frio, olhando o leito que eu deixei vazio, cantando uma cantiga de ninar. Hoje volto coberto de poeira e te encontro quietinha na cadeira, a cabeça pendida sobre o peito. Quero beijar-te a fronte, e não me atrevo. Quero acordar-te, mas não sei se devo, não sinto que me caiba este direito. O direito de dar-te este desgosto, de te mostrar nas rugas do meu rosto toda a miséria que me aconteceu. E quando vires e expressão horrível da minha máscara irreconhecível, minha voz rouca murmurar: "Sou eu!" Eu bebi na taberna dos cretinos, eu brandi o punhal dos assassinos, eu andei pelo braço dos canalhas. Eu fui jogral em todas as comédias, eu fui vilão em todas as tragédias, eu fui covarde em todas as batalhas. Eu te esqueci. As mães são esquecidas. Vivi a vida, vivi muitas vidas. E só agora, quando chego ao fim, traído pela última esperança, e só agora quando a dor me alcança, lembro quem nunca se esqueceu de mim. Não! Eu devo voltar, ser esquecido. Mas que foi? De repente ouço um ruído; a cadeira rangeu; é tarde agora! Minha mãe se levanta abrindo os braços e, me envolvendo num milhão de abraços, rendendo graças, diz: "Meu filho!" E chora. E chora e treme como fala e ri, e parece que Deus entrou aqui, em vez de o último dos condenados. E o seu pranto rolando em minha face quase é como se o Céu me perdoasse, me limpasse de todos os pecados. Mãe! Nos teus braços eu me transfiguro. Lembro que fui criança, que fui puro. Sim, tenho mãe! E esta ventura é tanta que eu compreendo o que significa: O filho é pobre, mas a mãe é rica! O filho é homem, mas a mãe é santa! Santa que eu fiz envelhecer sofrendo, mas que me beija como agradecendo toda a dor que por mim lhe foi causada. Dos mundos onde andei nada te trouxe, mas tu me olhas num olhar tão doce que , nada tendo, não te falta nada. Dia das Mães! É o dia da bondade maior que todo o mal da humanidade purificada num amor fecundo. Por mais que o homem seja um mesquinho, enquanto a Mãe cantar junto a um bercinho cantará a esperança para o mundo!

*Giuseppe Artidoro Ghiaroni foi um jornalista e poeta brasileiro nascido em 22 de fevereiro de 1919 na Paraíba do Sul e falecido em 21 de fevereiro de 2008 no Rio de Janeiro.


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4 years ago

"AÍ VOCÊ VIROU MÃE"

(Homenagem a todas as mamães)

Você tinha um milhão de planos para a sua vida, sonhava um milhão de sonhos. Só que aí você virou mãe.

Você dormia assim que deitava na cama e acordava só às 10h da manhã. Aí você virou mãe.

Você tinha um monte de amigas de que te ligavam e te chamavam para sair sempre. Mas você virou mãe.

Você lia um livro por semana e colocava em dia uma série em um mês. Aí você virou mãe.

Você fazia as unhas e hidratava os cabelos todo fim de semana. Aí você se tornou mãe.

Você saía sem pressa e sem preocupações. Aí você virou mãe...

Aí você se tornou mãe e percebeu que os seus planos e os seus sonhos não chegam nem perto da felicidade que o seu filho (a) lhe transmite.

Que o sorriso dele é mais transformador que qualquer viagem e que as conquistas dele te proporcionam mais satisfação que qualquer conquista sua.

Aí você virou mãe e descobriu uma força além do normal, uma força que te guia madrugada a fora. Força que te faz sorrir mesmo depois de ter dormido quatro horas por noite.

Aí você virou mãe e trocou seus livros por livros infantis e sua série por desenhos animados, e quer saber. Eles são interessantes também.

Aí você virou mãe e faz um coque desajeitado no cabelo e fica maravilhosa com ele, e as unhas, elas não são tão importantes assim.

Aí você virou mãe e conheceu amigas MÃES também, e é tão incrível dividir o universo da maternidade com elas.

Aí você virou mãe e os seus passeios corridos são tão insignificantes, porque quando você chega em casa você se depara com aquela criaturinha que mudou toda a sua vida e percebe que sem ela não teria sentido algum todas as coisas que você fazia antes dela.

Aí você virou mãe, virou o dia, virou a noite, virou fera, virou colo, virou luz.

E apesar de toda confusão e cansaço, se você soubesse como seria lá no passado, os seus sonhos e planos teriam se transformado em um só, que seria exatamente esse: Ser mãe!

Autora: Lisah

Fonte: https://www.soumae.org/


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